sábado, 15 de janeiro de 2011

 
 
 

                                       Quando o melhor é se afastar

image
“Davi pensou assim: —Algum dia Saul vai me matar. A melhor coisa que posso fazer é fugir…” – 1 Samuel 27.1
A convivência com Saul não estava fácil. De um momento para o outro o homem pegava sua lança e atirava contra Davi para matá-lo. Davi fazia o melhor que podia e se esquivava da lança. Saul chorava, se arrependia, e Davi dava-lhe uma nova chance (afinal todos têm seu dia de mal humor). Mas, dali a pouco, o ciclo se repetia: mais uma lança arremessada contra ele, mais uma vez ele se esquiva, mais uma vez Saul chora, e começa tudo de novo. Num determinado momento, Davi tomou uma sábia decisão: ele se afastou de Saul. Ele sabia que, se não fizesse isso, Saul acabaria matando-o. Sim, é necessário ser sábio para fazer isso, pois, a palavra de Deus nos fala de perdão (se necessário, até setenta vezes sete ao dia), de paciência, de compreensão, de amor. Mas, ela também nos ensina, como neste caso de Davi e Saul, que, quando um relacionamento está adoecido, tirando nossa paz e ameaçando nos matar, é melhor nos afastarmos. Não se trata de um distanciamento promovido pelo ódio, nem algo do tipo “tô de mal”. Trata-se de um distanciamento por amor à paz, trata-se de um afastamento respeitoso, amigável, sábio e consciente, nada feito no calor das emoções.
Após falar de alguns a quem é melhor mantermos distancia, Paulo falou que o Deus de paz esmagará satanás (Rm 16.17-20). Satanás consegue esmagar aqueles que insistem em relacionamentos destrutivos. Mas, quando nos afastamos por amor à paz, ainda que a princípio seja difícil, é satanás quem é esmagado.
Há tempo de abraçar e de tempo de afastar-se (Ec 3.5). Feliz é aquele que sabe o tempo de cada um. O fruto deste discernimento será a paz para a qual Deus nos chamou (1 Co 14.33).
Pastor Edmilson

Nenhum comentário:

Postar um comentário